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5 causas mais frequentes de dores no quadril

1 – BURSITE TROCANTÉRICA

A bursite trocantérica é uma inflamação transitória da Bursa, tecido que se localiza na face lateral dos quadris.

Ela produz uma dor em queimação, muito desconfortável, especialmente à noite, e tem uma tendência muito grande a se tornar crônica. A dor segue pela lateral da coxa e pode alcançar até próxima ao joelho.

Muitas vezes os pacientes acordam a noite pela dor e não conseguem mais retornar a dormir, por não conseguirem mais encontrar uma posição confortável.

Diversas modalidades de tratamento existem para a bursite do quadril, como uso de AINES, fisioterapia, infiltrações e, mais recentemente, a terapia por ondas de choque, com os novos aparelhos disponíveis, que proporcionam grande eficácia na sua resolução.

 

2 – ARTROSE DO QUADRIL

A artrose é o desgaste das cartilagens da articulação do quadril. Sua evolução normalmente é lenta e progressiva, e os sintomas são percebidos pelo paciente na região inguinal (virilha) e se irradiam pela frente da coxa até o joelho.

Ela é muitas vezes percebida por produzir limitações e dificuldades para atividades diárias como colocar a meia no pé, calçar e amarrar calçados, cortar as unhas dos pés, subir ou descer escadas, fazer caminhadas mais longas ou a incapacidade para praticar esportes com o futebol.

Seu tratamento deve iniciar precocemente, com objetivo de preservar a cartilagem articular original, e consiste no fortalecimento muscular e diminuição de peso, associado ao uso de suplementos para cartilagem como o colágeno e a diacereína.

A infiltração com Ácido Hialurônico também traz excelentes resultados e é opção segura no tratamento, pois proporciona alívio da dor e aumenta a sobrevida da cartilagem articular.

Casos avançados necessitam de cirurgia, sendo a prótese de quadril a cirurgia que devolve aos pacientes a qualidade de vida roubada pela artrose.

 

3 – OSTEONECROSE DA CABEÇA FEMORAL

A osteonecrose da cabeça femoral é um Infarto que acontece na cabeça do fêmur. A exemplo do infarto cardíaco, ele ocorre devido a uma trombose ou oclusão das artérias que levam o sangue até a cabeça femoral, causando a morte do tecido ósseo, que perde sua resistência e amolece, exatamente na zona de carga, com risco de colapso e deformidade da cabeça femoral.

O seu diagnóstico é muitas vezes difícil e seu tratamento idealmente deve ser precoce, visando estimular a revascularização da cabeça femoral e a manutenção da articulação funcionante.

Diversas modalidades de tratamento cirúrgico são disponíveis, como a descompressão da cabeça femoral, que pode ser associada ou não a enxertia óssea ou ao uso de substitutos ósseos, visando evitar as sequelas e as deformidades da osteonecrose.

 

4 – IMPACTO FEMURO ACETABULAR

O impacto femuro acetabular (IFA) é uma patologia associada a morfologia da cabeça femoral e do acetábulo, que é o local na bacia onde a cabeça do fêmur se encaixa e onde acontece o movimento da articulação do quadril.

Características genéticas como gênero (homem e mulher), raça (asiáticos, negros, brancos, índios) possuem influência no formato dos ossos e, o diagnóstico é realizado através de exames de imagem com incidências específicas de rx, e também a ressonância magnética.

O tratamento do IFA é em sua imensa maioria conservador = SEM CIRURGIA!

Medidas simples como diminuição de peso, reforço muscular orientado e localizado e ajuste de atividades físicas traz excelentes resultados.

Uma pequena proporção de pacientes possui lesões associadas ou bloqueio de movimento articular e irá realmente se beneficiar do tratamento cirúrgico, sendo necessários critérios muito específicos para a indicação da cirurgia.

 

5 – DISPLASIA DO QUADRIL / LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL

O quadril displásico é o que possui uma deficiência ou uma alteração anatômica no encaixe da cabeça femoral com o acetábulo (bacia).

Essa deficiência pode ser congênita, quando os pacientes já nascem com o quadril fora do lugar, ou ocorrem durante o desenvolvimento, e resultam em uma deficiência de cobertura da cabeça femoral. Isso ocasiona uma alteração na transmissão das forças de impacto na articulação, que terão uma menor área de cartilagem para se dissipar, levando a degeneração precoce da cartilagem e a necessidade de cirurgia.

Quando diagnosticadas precocemente, já logo após o nascimento, e instituído o tratamento precoce, ela pode ser corrigida e tratada sem necessidade de cirurgia.

Casos de diagnóstico mais tardio ainda podem ser submetidos a cirurgia de osteotomia de realinhamento da cabeça femoral, da pelve ou combinadas (fêmur e pelve), para melhorar o “encaixe” da cabeça femoral e aumentar a sobrevida da articulação original.

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